Governo estuda adotar cotas para o serviço público


 Luiza Bairros (Igualdade Racial) disse que proposta será finalizada em 2012.
Dilma defende ações afirmativas para superar desigualdade, diz ministra.

A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, discursa durante anúncio de ações para as comunidades quilombolas, no Planalto (Foto: Wilson Dias/ABr)

A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, afirmou nesta quarta-feira (21) que o governo estuda adotar cotas de negros – a exemplo do que ocorre nas universidades federais – para o serviço público federal.
Segundo a ministra, a Seppir, o Ministério do Planejamento e a Advocacia-Geral da União estão à frente dos estudos sobre o assunto. A expectativa é de que até o final deste ano a proposta seja finalizada.
“Essa discussão [sobre cotas no serviço público] está em curso dentro do governo. Estamos colhendo pareceres de vários setores, do próprio Ministério do Planejamento e da Advocacia-Geral da União (AGU), para que, com esses pareceres, possamos levar uma posição governamental para a presidente, para ela poder fazer a decisão final com relação a isso”, afirmou Luiza após participar de uma cerimônia no Palácio do Planalto em alusão do Dia da Consciência Negra.
A proposta, segundo disse a ministra, está em “fase ainda muito inicial” e não foi discutida com a presidente Dilma Rousseff. Luiza lembrou, porém, que Dilma tem uma “posição inequívoca sobre a importância das ações afirmativas e mais particularmente das cotas como instrumento fundamental para se superar a desigualdade racial no Brasil”.
Nesta quarta-feira, durante cerimônia no Planalto, a presidente Dilma defendeu a adoção de políticas afirmativas, mas não citou o serviço público de forma específica.
“Não podemos nunca pensar o Brasil como nação sem pensar a contribuição dos afrodescendentes”, declarou a presidente, que anunciou a ampliação de ações do Brasil sem Miséria para comunidades quilombolas.
Nesta terça-feira (20), Dia da Consciência Negra, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Oreste Dalazen, assinou um ato reservando 5% das vagas de todos os contratos de prestação de serviços no tribunal para profissionais afrodescendentes.

 Fonte G1

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